PELA METADE Denise Fraga Não estou dando conta. Eu era do tipo que esquecia o celular dentro da bolsa e o usava como um orelhão portátil. Agora carrego-o ao meu lado como um cachorrinho. Ainda consigo deixá-lo no silencioso, mas, cada vez que preciso usá-lo, vejo um mar de pontinhos verdes enfileirados na tela acusando mensagens e chamadas. Resolvo telefonar antes de checá-las e, num clique mágico, jogo lá pra dentro um monte de gente embrulhada que nem sempre lembro de tirar do pacote depois. Tudo parece estar se complicando. Prometeram me ajudar e cada vez tenho mais trabalho pra fazer nesse negócio que só ia facilitar a minha vida. Se quero saber se alguém quis falar comigo, preciso abrir o SMS...
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