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Narrativas - 9º ano


A força do pensamento I

Aquela manhã não foi convencional. Havia algo diferente no ar, os pensamentos de todos estavam mudados. Eram oito horas da manhã e uma tempestade caía desenfreada.
Nasceu no hospital da cidade uma menina, ou melhor, a menina. Uma criança encantadora chorando no colo da sua mãe. A recém nascida chorava e a chuva arrasava...
Anos se passaram marcados por estranhas coincidências e aquela menininha outrora nascida, já era moça. Moça, mas triste. As discussões entre seus pais eram incessantes. E chovia... Ocorre que o destino nos reserva surpresas e aquela bela jovem conheceu um rapaz.
Talvez seja imaginável o que aconteceu naquele momento: após chuvas persistentes o sol e a primavera desabrocharam. A cidade comemorou e a moça estranhou. Os poderes dela já eram evidentes para todo o povo da região. Ela controlava o tempo e tudo o mais com seu pensamento.
Imaginou o amor e o encontrou, sentiu felicidade e a chuva cessou, se uma dor sentia, a flor despetalava, chorava e o céu despejava.
Virou atração, vinham pessoas dos Campos e cidades para ver essa realidade. A jovem mudava tudo, ficava doente e logo se curava com um bom pensamento. Mudou de casa, roupas e mesmo que parecesse estranho, tinha um urso no cercado do jardim. Sua avó, que estava enferma, quase rejuvenesceu, imaginou ela sã e então a senhora pôs-se a dançar.
A cidadezinha do interior cresceu, estava como a capital: fábricas, hospitais, lojas, belas casas e praças. Pessoas felizes e com a vida estabelecida. Tudo prosperava e melhorava:  tal que a moça imaginava, aquilo se concretizava. Era bonito de ver, mas como sempre (e há de se afirmar) nem tudo é perfeito.
A riqueza vinha, as pessoas tinham trabalho, comida, dinheiro e moradia. Todavia a ganância aumentava. Coronéis e outros “poderosos” enriqueciam e enlouqueciam: o poder estremecia e as pessoas reprimia. Talvez nem tudo aquilo fosse bom.
A luz vem rápida, mas o som atrasa e o que a moça realizava, agora desimaginava. A cidade se desfazia no pensamento da “menina”.
Nem tudo soa como ópera, nem tudo é o que parece. Tudo, tudo, tudo... A vida daquela mulher nunca mais foi a mesma e a palavra tristeza não era reconhecida em seu dicionário.
Ganância? Soberba? Poder? Ignorância? Não. O poder destrutivo ou construtivo do pensar.

CONTINUA...

Autor: ALKMIN, Jefferson.

Mundo Interno

Há 14 anos atrás nasceu uma garota, da qual que ninguém imaginava a moça  o que ela iria se tornar. Ela cresceu saudável e com e alegre, mas ela  ainda não tinha descoberto seu mundo interno... O qual ela iria que a  faria passar por altos e baixos, desfrutar de momentos bons e ruins, mas  além de tudo isso, conhecer o mundo interno de outras pessoas.
Ao decorrer dos anos a garota foi se despertando e conhecendo seu mundo,  a parte boa era que ela via a era muito positiva, seus cabelos  cresceram, seu corpo foi passando por algumas mudanças e além de tudo..  seu mundo interno começou a evoluir!
Ela percebia que, cada vez que sorria, seu coração batia fortemente,  fogos de artifício explodiam dentro dela, cores vivas transbordavam do  seu corpo num toque. Essa era a felicidade dela.
Mas nem tudo eram rosas. A garota foi andando pelo seu mundo, no qual,  havia uma parte que ela nunca tinha visto, o lado das suas inseguranças,  tristeza, arrependimentos, a parte em que era um preto e cinza.
A  garota foi andando, chegando perto do seu outro lado e ela sentiu  arrepios, dores, a outra parte a sugava ela com muita força, a garota  então fechou os olhos e pensou nas cores que as transbordavam dela  dias  atrás, lembro dos fogos que ela soltava dentro de si, e pensou também  como era boa aquela sensação. 
Devagar foi deitando-se no chão,  onde não havia nada, ela se levantou-se e após perceber como era a vida  ela foi caminhando a procura de sua felicidade. Sabia que a qualquer  momento poderia passar pela parte escura que a puxava. Mas ela tinha que  ser forte.
Percebeu também que todos nós temos nosso mundo interno, o  qual as outras pessoas criticam por ser diferente. Ela percebeu que  havia um senhor que comandava esse mundo era conhecido como tempo e  também uma senhora, que sem ela a gente não conseguiria sobreviver,  conhecida como paciência. A garota tinha muito o que aprender ainda, mas  ela sempre soube que a única pessoa que conseguiria fazê-la ela feliz  ou triste naquele mundo era ela mesma.
MARTINS, Luara
 


Os Ogros

        Acordamos “com aquele sol na cara”. Eu e minha esposa morávamos no alto de uma colina, isolados, não tínhamos praticamente nada de recursos, não conhecíamos ninguém e nem sabíamos quem era nossos pais, se tínhamos irmãos, mas sempre tivemos essa curiosidade.
         Numa certa manhã, saímos para pegar lenha e assar uma carne velha que tínhamos pego há dias, até que vimos um homem em cima de um cavalo numa outra colina, ele parecia ser diferente. Quando o perdemos de vista notamos que éramos diferentes, feios, grandes, gordos, procuramos todos nossos defeitos até que chegamos à conclusão de que estávamos isolados porque éramos  estranhos.
         Fiquei dias triste, chorando. Não me deixei abater e fui atrás daquele rapaz. Passaram-se vários dias e várias noites e nada de encontrar aquele homem, já não conhecia nada por onde passava e acabei me perdendo. Não tinha mais a opção de voltar pra casa, pois estava muito longe. Dias e mais dias... nada! Dormindo embaixo de árvores, com medo de aparecer alguém ou de algum bicho me atacar, estava sem proteção nenhuma.
Numa tarde, muito cansado,  andando por uma estrada me deparei com uma barraca de vendedor, fui até ela curioso para saber o que tinha. Cheguei  e vi uma pessoa muito diferente da minha espécie, ela era linda. Ele começou a zombar da minha cara, me chamar de feio, gordo e colocou um apelido de “ogro”, me deixou assustado, pois não sabia o que aquilo significava, mas fiquei muito aborrecido.
         Continuei a andar por aquele caminho. Encontrei vários daqueles rapazes diferentes, eles pareciam ser todos iguais, tive que aguentar a “zombação”, andando, andando, andando e nada de achar alguma pessoa igual, cada vez mais triste e desanimado, andando cada vez mais devagar pelas dores fortes na perna.
         No dia seguinte, vi algumas estruturas gigantes e lindas, fui chegando mais perto e percebi que era a tão grandiosa cidade de que aqueles homens falavam, não via a hora de chegar lá, estava muito ansioso. Chegando notei que tinha muitas pessoas iguais a mim e percebi que aqueles homens é que eram diferentes, não os Ogros.
Autor: LOPES, Renan.


A epidemia

No ano de 1932 foi descoberto um vírus que tinha uma grande capacidade de se alastrar e infelizmente, o pior aconteceu. O vírus conseguiu de alguma forma escapar do laboratório em que estava e ainda não se sabia ao certo o que essa praga poderia fazer, mas já haviam grupos de cientistas. Divididos, alguns grupos acreditavam que  esse vírus pudesse ajudar de alguma forma a sociedade, mas o outro grupo dizia que ele causaria uma grande desgraça.
O vírus começou a se espalhar e em apenas um mês já tinha contaminado mais de 60% do mundo, os seus sintomas no início seria um principalmente dores de cabeça e dificuldades para se concentrar e esse vírus teria uma grande resistência a antibióticos por isso o grupo de cientistas contra o vírus começaram uma pesquisa em busca da cura, já o grupo a favor começou uma pesquisa em busca de resquícios que mostrassem que a calamidade poderia sofrer uma mutação e se tornar algo bom, eles descobriram que isso realmente aconteceria e que não seria tão tarde. 
Quando 99% do mundo já estava contaminado o vírus sofreu várias mudanças em que as dores de cabeça continuaram, mas de alguma forma o cérebro das pessoas começou  a se desenvolver de uma forma estranhamente rápida, e isso fazia com que elas ficassem mais inteligentes. Os cientistas contra o vírus fizeram de tudo para não serem contaminados desde o início e isso fez com que eles fossem os únicos não contaminados no mundo inteiro.
Após alguns dias do desenvolvimento do cérebro das pessoas começaram a ocorrer mortes por falência total do cérebro  e isso fez com que todos os  contaminados comprassem e usassem a cura que tinha sido disponibilizada o mais rápido possível, após a grande maioria das vidas ter sido salva, os cientistas que eram contra o vírus foram premiados e ficaram mundialmente conhecidos como heróis.
Autor: MADURO, Ricardo.


O sanatório Halsey 

Meu nome é Annabeth e eu estou sendo levada a um sanatório ao leste da Europa, minha família me acha louca, estou tendo recentemente tenho tido pesadelos e visões que infelizmente se tornam realidade.
Acabei de chegar ao sanatório Halsey e avisto uma mulher loira com um cigarro nos lábios, me apresento-me, ela fala  que é a coordenadora do local, agora está me levando a um salão. Avisto outras três mulheres sentadas em cadeiras formando uma meia lua. Elas têm faces estranhamente dóceis, mas apavoradas e com medo daquilo que  veem e conseguem fazer.
  A coordenadora me apresenta elas e pedi para que se apresentassem a  mim. A primeira mulher parecia ter uns 60 anos, seu nome era Nancy,uma enfermeira da II Guerra Mundial que estava internada, pois tinha estresse pós traumático. A segunda mulher se chama Rose, ela  foi internada por um transtorno obsessivo compulsivo.A terceira mulher era Ângela - esquizofrênica - e ainda haviam duas cadeiras no local, uma para mim e outra para a coordenadora. Nos sentamos e ela começa a falar que aquele não era um lugar comum,  que não éramos loucas, mas a nossa realidade não era igual a das outras pessoas. Diz que conseguia ver ou fazer coisas sem saber como ou porque no momento certo saberíamos como controlar e o porquê disso acontecer.
Já se passou um mês desde que fui trazida para Halsey,  já vi muitas coisas aqui e aprendi muito também. Vi Nancy levantar uma xícara com a mente e Ângela falar com pessoas que não estavam ao alcance de nossos olhos  . Nos primeiros dias achei que estava mais louca ainda com tudo aquilo, mas tudo o que vi era real e com o passar do tempo consegui controlar minhas visões e ver   o meu futuro e o de muitos a minha volta. Esse dom que adquiri, com o passar do tempo, me fez ver outras coisas como o futuro e ler mentes.
Há dos dias,  fez 1 ano que estou aqui. Dia 01 seria o dia que estaria livre para viver minha vida e  saber como controlar minhas visões, conviver com elas, mas tudo que vivi me fez querer ajudar pessoas que chegam aqui o tempo todo. Fui falar com a coordenadora e ela falou que tudo bem e, com um ar de riso, disse que não precisaria de nenhuma licença específica para ensinar a como controlar visões,  pois não é em todo lugar que se estuda esse fenômeno. Como eu controlei minha visão e consegui evoluir posso mostrar para pessoas iguais a mim como fazer isso. Por fim, estou dando aulas de como controlar visões, Ângela voltou para sua família, Nancy conheceu um homem chamado Michael e foi para Paris com ele e  Rose ficou por aqui mesmo e, como eu, tornou-se uma professora que ajuda pessoas com transtornos obsessivos.
Outra parte da minha vida está começando e ela é maravilhosa, pois agora vou ensinar pessoas com o mesmo problema que o meu a controlar e aprender com ele.
Autor: MARINS, Ana Beatriz.

DESROBOTIZAÇÃO

Mais um dia começou...deitada na minha cama dou aquela olhadinha matinal no Innews. Agora sim estava pronta para começar minha rotina diária.Tomo meu café , me apronto, vou para o colégio e passo o dia lá. Quando chego em casa estudo ou assisto TV e depois durmo.
É sempre a mesma coisa , pois não podemos sair a não ser que seja para ir para o colégio ou para a empresa. Resumindo, nós não podíamos fazer nada! Até porque não podíamos nem ter redes sociais ou algo do tipo. Só o Innews , um portal no qual os líderes da cidade postavam notícias como, acontecimentos, novas leis ,etc. Era tudo muito monótomo, exceto o dia da inclusão - o dia em que todas as crianças  recém nascidas eram apresentadas ao povo. E essa era a minha vida até o dia de hoje...
De repente comecei a sentir uma coisa estranha pelo meu corpo, como uma “pane no sistema”. Passavam imagens pela minha cabeça... memórias apagadas , semelhante aos filmes. Estava assustada e sem entender nada até o momento em que me olhei no espelho e vi que estavam saindo faíscas de mim. Encaixei as peças e percebi que  não era humana e sim um ROBÔ. No mesmo instante caí no chão e na minha cabeça passou um filme, então, tudo se tornou claro. O problema é que com esse “pane” a central logo foi ativada, pois eu acabara de virar uma ameaça , assim, depois de muito procurar no meu sistema consegui desativar minha localização e fugi .
Correndo, correndo muito e com medo do que poderiam fazer comigo se me achassem comecei a perder as minhas forças e parei no meio do nada para descansar; dormi. Senti algo me cutucar e acordei. Um menino estava me cutucando, sim, um menino de verdade!
Ele disse:
- Eu não acredito! Estava  certo todo esse tempo! Ele está vivo e você está viva! Venha comigo! Vou te levar até a cidade, precisamos te esconder. No caminho te conto tudo.
Finalmente eu iria conhecer a “cidade escondida” de que meu pai falava antes de morrer, agora, eu estava ainda mais confusa do que antes, mas sabia que logo tudo se esclareceria. O menino logo começou a me contar a história:
- Seu líder se chama Utan.  Ele era um de nós e queria ser o nosso líder, mas acabou perdendo as eleições para o irmão mais novo.Revoltado e cheio de ira declarou guerra contra nós e foi embora dizendo que iria construir sua própria civilização. Ele foi taxado de louco, ninguém acreditou em suas palavras, somente eu, e aí está a prova de tudo, nada mais, nada menos, que você .
Tudo que ele me contou fez sentido, as imagens fizeram sentido. Eu precisava  dar um jeito de libertar aqueles robôs e já sabia quem iria me ajudar. O menino me refugiou até o dia da inclusão  quando colocaríamos nosso plano em ação. Os dias se passaram e cá estamos, chegando no salão da central mais rápido do que imaginávamos. O salão estava cheio, ninguém nos acharia. Logo que o evento começou o menino correu para sala de controle que estava vazia, enquanto eu corri para o palco e comecei a contar tudo, mas o povo não estava entendendo nada devido as suas configurações. Foi quando Utan surgiu e me agarrou pelo braço e tentou me tirar dali, mas  era tarde demais. Dei o sinal e o sistema foi desligado. Aconteceu com eles o mesmo que aconteceu comigo e “tcharan!”, estavam libertos.
Levamos todos aqueles robôs  para outra cidade conseguindo assim unir os dois mundos. E hoje, graças aquele dia, é o primeiro dia diferente da minha vida. Anos já se passaram e todos vivemos juntos, sempre alegres,  libertos, podendo viver de verdade. E Utan? Nunca mais foi visto! Desapareceu, mas pelo menos se ele tentar aprontar algo novamente estaremos unidos, prontos para qualquer coisa que Utan possa armar contra nós!
Autor: SIQUEIRA, Flávia.
 
O PEQUENO LIGRE

Na natureza quando ocorre o acasalamento de um leão com uma tigresa, surge um animal híbrido, o ligre , o maior felino da natureza. E assim nasceu o pequeno ligre, que mudaria a história da floresta para sempre .
Dentre os leões e os tigres ele era o único diferente entre o grupo. Forte e ativo, o ligre se distinguia dos outros felinos, por ser diferente , era excluído das atividades do grupo, mas mesmo assim não se entristecia ou abalava  , mas se fortalecia, pois sua mãe e seu pai sempre o ajudaram em tudo o que ele fazia.
Uma velha lenda da floresta, dizia que toda noite de lua vermelha, surgia  uma pantera com pelagem escura, olhos aterrorizantes, e boca amedrontadora. Toda noite de lua vermelha os animais se escondiam, para não serem pegos pela terrível pantera. Mas havia um que não se escondia, um verdadeiro herói para o ligre , o tigre-de-bengala,  que toda noite enfrentava a pantera e tentava trazer paz a floresta.
A luta só acabava quando a lua ia embora. O tigre lutava pela proteção dos animais e da floresta, enquanto a pantera lutava para ter domínio sobre todos ali. Em uma noite de lua avermelhada, eles se encontraram e travaram uma luta, mas naquela noite a pantera se superou e matou o grande tigre. Aquilo significava o domínio da pantera sobre a floresta. Porém, alguns animais não aceitaram o domínio da pantera e foram para cima dela, um desses animais era o pai do ligre, eles a atacaram, mas ela forte o bastante para vencê-los. O pai do ligre foi atingido por um arranhão da pantera e morreu.O ligre ficou muito triste, mas seguiu em frente.
O ligre cresceu, ficou grande, forte e superava os outros felinos da aldeia. Sua motivação era sua mãe, que sempre esteve ao seu lado. Meses depois a lua vermelha apareceu no céu mais uma vez e com ela a enorme pantera. Ela ameaçou os animais da floresta, chegou perto da mãe do ligre ameaçando-a, então ele sentiu uma raiva imensurável e atacou a pantera. Os dois felinos entraram em conflito e o ligre estava perdendo, até que outros animais também se rebelaram contra a pantera e a mataram. Desde então a paz na floresta foi restabelecida e o pequeno ligre governou a floresta trazendo paz e liberdade a todos os animais da floresta.
Autor: PIERRY, Nicholas.

 
O detetive

Em uma pequena cidade nos Estados Unidos havia um detetive que amava sua profissão. Ele era considerado o melhor da cidade e talvez até o melhor da América do Norte.
O nome do detetive era Adam Clarck. Ele desvendava todos os crimes com muita facilidade e por esse motivo era bastante requisitado para resolver muitos casos. Por ser muito esforçado e focado, quase nunca descansava e por causa disso estava com problemas no seu trabalho, e fora dele. Seus amigos falavam para ele ir ao psicólogo, mas ele sempre ignorava e dizia que não tinha tempo para essas coisas e os ignorava.
Adam apesar de estar estressado ainda continuava a receber casos para resolver. Até que um dia ele recebeu um relato de desaparecimento de um casal. Adam ficou anos tentando resolver este ocorrido mas nunca conseguiu desvendá-lo .Ele estava ficando cada vez mais obcecado em resolver este caso, ele montava teorias e escrevia e pregava pistas nas paredes de seu quarto. Por parecer louco, seus amigos o internaram em um centro psiquiátrico, em sua última teoria Adam escreveu e teorizou, que alienígenas teriam abduzido o casal.
Após anos no centro psiquiátrico ele foi diagnosticado com esquizofrenia, mas ele dizia que não era esquizofrênico.
Meses se passaram e Adam continuava muito triste porque este era o primeiro caso que ele não resolveu e isso acabou com sua reputação e com seu emprego. Apesar de todos acharem que ele era esquizofrênico, ele tinha certeza que não era, e por isso ele começou a estudar O.V.N.I.S. Mesmo com seu esforço e estudos ele não ficou satisfeito e entrou em depressão. Até que um dia, em casa, deitado em sua cama, olhando para a janela,  Adam viu um O.V.N.I e foi abduzido.
Autor: PASSOS, Lucas.

A outra face   
 
              O véu a cobria e isso fazia a mulher feliz, pois a escondia. Ela ficava em casa, mas nunca o tirava, queria acreditar nele. Ele escondia sua outra metade, a metade ruim, a metade que ninguém poderia ver. Os objetos falavam com ela, alertavam sobre o véu. Sua cama dizia que o véu escondia seus problemas, seu vaso de flores murchas, que seu rosto seria como suas flores, murchas, velhas e sem vida. Seu espelho dizia que não a conhecia, pois seu reflexo já não era o mesmo.
          A moça ia para inúmeras festas e bailes, segundo ela, se divertia, mas a parte de seu rosto escondida pelo véu não gostava daquilo. Ela discutia com sua mente, e seu véu dizia que a moça necessitava dele: “Como as pessoas podem te ver sem mim?”, “Cubra seu rosto, pois eles só reparam na parte agradável!”.
          Um homem a visitava várias vezes, mas ela não gostava. O relógio dele sempre se gabava de seus ponteiros, dizia sempre que eram feitos do “mais puro ouro já existente”. Seu cinto sobre a cama mostrava seus gostos exóticos para cores e peles. A moça não recebia mais flores do homem, e as antigas já tinham murchado. A cada visita do sujeito as flores envelheciam mais e seu véu ficava mais espesso.
          Uma criança crescia em seu ventre e suas roupas zombavam da pobre mulher, “Você não cabe mais aqui!”, “Ele não vai gostar disso!”, “Ele irá se zangar com você!”, “Você tinha que engordar mais?”, diziam seus vestidos e blusas dados pelo homem.
          A mulher se cansou do véu, queria tirá-lo, mas se o tirasse, o que os outros iriam pensar? O véu fazia parte dela agora, ela conseguiu o que queria, conseguiu acreditar em seu tecido e achava que sua parte bonita e perfeita aos olhos iria deixá-la caso seu véu fosse tirado.
          No reflexo do espelho se olhava, sorria com lágrimas escorrendo pelo lado do véu. Sua boa metade estava feliz e a outra sofria. A moça queria estar realmente feliz por completo e a cada reclamação do espelho ela sorria mais, pois não queria mais ser como ela era.
          Quando voltou ao seu quarto seu móveis estavam enferrujados e velhos, insetos voavam e rastejavam-se pelo chão, mas a moça continuava com seu sorriso estampado em seu rosto, não se importava mais com os  problemas ao seu redor, apenas sorria mais e mais. Suas pernas e braços doíam, mas não se importava.
          A mulher viu borboletas azuis e brancas saindo da sua cama, quis segui-las. As incontáveis borboletas estavam voando para sua janela e subiam, voavam apenas para cima, até que ela nem enxergava mais. Percebeu então, que elas não parariam de sair de sua cama... foi até sua janela, olhou apenas para o alto, viu o sol que queimava seus olhos, as nuvens que dava um brilho melhor ao céu e apenas pulou. Ela pulou e começou a voar, seu voo era calmo... Sentia o vento por sua pele e cabelos mal cortados.
          Aquele véu que não cobria mais só seu rosto e sim seu corpo inteiro começou a se soltar com o vento. O vento era como liberdade para ela, não conseguia para de sorrir. O pedaço de pano espesso que a cobriu por tanto tempo se soltou, voando e deixando-a descoberta. Seu rosto estava exposto por completo agora.
A parte de sua face que antes estava oculta parou de chorar e sorriu, sentindo o vento da liberdade em sua pele. Seu rosto antes, escuro e podre, começou a se curar, por um momento a moça se sentiu como uma criança feliz e livre voando junto a suas borboletas até que não se podia mais vê-la. A pequena menina sumiu junto aos insetos de asas azuis.
Autor: GONÇALVES, Ana Beatriz.


Piratas Amaldiçoados

Ainda era manhã, o mar estava calmo, o céu azul, o sol brilhando, o vento estava de certa forma forte e nosso navio, o Caveira Alada cortava o oceano com facilidade, eu ainda era um novato na vida da pirataria, meu capitão Jack cabeça de peixe estava atento e um pouco bêbado, talvez pelo excesso de rum, nossa tripulação estava sonolenta e um pouco desastrada, mal sabíamos a batalha épica que nos esperava.
Bem longe dali, em algum rochedo pontudo, um navio emergia das profundezas... ele estava quebrado tinha buracos feitos por balas de canhões por todo o seu casco e uma cabeça de toro esculpida em sua proa, sem dúvida era o Matadouro Espanhol e com ele renascia a capitã mais temida de todos os sete mares também conhecida como La Maestra das Sombras seu nome impunha medo no mais corajoso pirata. Enfim, a profecia se cumpria o navio sombrio e sua tripulação maléfica ressurgiam para atormentar os mares mais uma vez.
Já havia entardecido, eu estava limpando o convés naquela hora, cada marujo fazia seu respectivo trabalho, quando de repente o céu se fechou com várias nuvens cinza escuro, uma neblina surgia do além, ficamos assustados, e trememos quando vimos o Matadouro Espanhol vindo em nossa direção, sem dizer uma palavra, ficamos apostos para a batalha, meu capitão paralisou, pois ele havia perdido seus pais para aquela espada amaldiçoada que Maestra carregava, todos nós sabíamos que que para acabar com aquela profecia, tínhamos que destruir  o coração de maestra das sombras, enrolado em um pano no bolso de sua calça.
O barulho dos canhões irromperam o silêncio, cordas eram lançadas de um navio para o outro, marujos caiam derrotados enquanto “zumbis” caiam do outro lado, quando me dei conta já estava de espada e pistola nas mãos, tomei coragem, enquanto desviava de tiros, saltei em uma corda, mas fiquei em choque quando vi a espada amaldiçoada de Maestra atravessando o peito do meu capitão, fiquei tão amedrontado que perdi a concentração e levei um tiro de raspão em uma perna, a adrenalina e um pouco de raiva tomaram conta de mim, desviando de um golpe certeiro arranquei o maldito coração da calça de Maestra e atravessei minha espada no mesmo, o navio e a tripulação zumbi sumiram enquanto os corpos caiam ao mar eu e a tripulação enterramos o corpo de nosso capitão em sua ilha preferida
Eu, antes limpador de convés, me tornei o mais novo capitão do Caveira Alada. Agora eu comandava os sete mares, e nenhuma sereia, ilha amaldiçoada ou tubarão gigante seria capaz de me parar. Eu e os poucos tripulantes que restaram, da batalha, estávamos prontos para qualquer tipo de desafio que o destino nos mandasse.
Autor: AMARO, Fernando.

Comentários

  1. (aqui é o Ricardo)Piratas amaldiçoados ficou muito bom.
    Parabéns para o Fernando.

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    Respostas
    1. Muito obrigado, Ricardo eu fiz oque pude e agradeço pela sua observação isso me faz cada dia melhorar. :)

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  2. Queridos alunos, adorei as produções. Parabéns pela dedicação e criatividade. Lembrem-se: o céu é o limite!!! Abraços.

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